sábado, 5 de maio de 2012

Estudo põe em dúvida PSA para detectar câncer de próstata

                                                                            PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar quais homens precisam de biópsia e quais deles têm menor risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.
A eficácia da Prova do Antígeno Prostático (PSA), exame habitual para diagnosticar o câncer de próstata, foi posta em dúvida por um estudo divulgado pela Alta Autoridade de Saúde da França (HAS).
A confiabilidade deste teste, frequentemente acompanhado do toque retal e até a primeira década deste século considerado um bom indicador para medir a evolução da doença, sofreu seu primeiro revés em 2010, quando a mesma agência do governo francês anunciou que, aplicado à população masculina em geral, o exame carecia de eficiência.
Agora, a Autoridade descartou o teste até para os indivíduos 'de risco', já que, apesar dos fatores de perigo conhecidos (idade, antecedentes familiares, origem e exposição a certos agentes químicos), atualmente a medicina não sabe o peso de cada um ou como eles interagem entre si.
A HAS também constatou que até o momento não está provado que as pessoas com maior risco de contrair a doença, que tem uma evolução lenta, a desenvolvam de forma mais grave ou com maior rapidez - por isso o diagnóstico antecipado também não seria útil.
Finalmente, segundo os responsáveis pelo estudo, os pacientes que se submetem a este exame estão suscetíveis a 'falsos positivos', o que representa 'riscos secundários', tanto de cunho físico, derivados da consequente biópsia para determinar se há câncer, como de cunho psicológico e sexual.
A HAS concluiu que os homens que se submetem ao teste só deveriam fazê-lo 'com conhecimento de causa', sabendo que 'este exame em algumas ocasiões termina em operações ou irradiações inúteis com duras consequências para a sexualidade e a continência de homens que ainda são jovens e ativos'.

Fonte: Veja Online

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