terça-feira, 3 de setembro de 2013

Chefes são mal vistos pelos funcionários, aponta pesquisa



Para 91% é possível realizar atividades sem figura ou presença do chefe. Para 37%, o 'tempo fecha' quando o líder chega ao local de trabalho.




Do G1

Conheça os oito perfis avaliados na pesquisa


Bipolar: Têm frequentes variações de humor. Uma hora você pode contar com ele, é gente boa, mas você está sempre um com pé atrás, pois no outro dia ele(a) pode acabar com você.


Visionário(a): É um líder nato, desenvolve seus subordinados, reconhece o esforço de todos. É exigente, cobra de forma educada e cordial e possui sensibilidade para lidar com pessoas. É dinâmico, transparente e objetivo.

Perfeccionista: Exige tudo com a máxima perfeição e chega a ser irritante de tão metódico(a) aos detalhes. Normalmente passa a impressão de que tudo o que você faz, nunca é bom o bastante.


Agressivo ou autoritário: Sempre de mal com a vida, vive em fúria 365 dias por ano. Gosta de gritar e 
impor autoridade e não gosta de ser contrariado.


Enrolador: Não gosta de trabalhar, deixa as tarefas e que os problemas sejam resolvidos pela equipe. 
Acaba sempre com as glórias dos resultados e abusando dos subordinados.


Paz e amor: Não entra em confronto com ninguém e evita qualquer tipo de conflito. Dificilmente impõe
sua posição, tem o respeito da equipe, mas não o controle dela.


Amigo: Não gosta de conflitos e tenta criar um ambiente leve e familiar, interage com os funcionários 
e os conhece além do lado profissional.


Inseguro: Você nunca consegue terminar o seu trabalho porque a qualquer momento seu chefe pede 
para refazer tudo, tem medo de arriscar novas ideias, acaba controlando a equipe para que nada saia do 
previsto.


Fonte: Vagas


Uma pesquisa realizada pelo portal Vagas, direcionado a dicas de carreira e processos seletivos, apontou que os chefes no Brasil são vistos como bipolares, autoritários, enroladores e inseguros. De acordo com o estudo, os subordinados indicam que 60% de seus líderes possuem alguma dessas características. Os outros 40% dos chefes foram qualificados como amigos, visionários, detalhistas e paz e amor.

O levantamento também procurou identificar, entre os oito perfis de chefes propostos na enquete, qual predominava isoladamente a partir das respostas dos funcionários. O bipolar liderou com 30% de identificação. O amigo foi classificado por 13% dos respondentes. Já o visionário/ousado foi qualificado por 12% dos participantes. A figura do agressivo/autoritário é realidade para 12%. O enrolador aparece com 11% das menções. No caso do detalhista/perfeccionista, 9% enquadraram seus líderes nesse perfil. O inseguro foi apontado por 7%, e 6% disseram que têm chefe paz e amor.


Do total, 53% gostariam de ter um chefe, mas para 91% é possível realizar as atividades sem a figura ou presença do chefe; 70% afirmaram que seu chefe merece respeito; 57% apontaram que seu gestor defende a equipe; 45% disseram que seu gestor cobra metas impossíveis; 42% informaram que seriam demitidos sem ser advertidos; 41% acreditam que o chefe tem medo de perder o cargo para seu funcionário ou pessoa próxima; 36% estão dispostos a pedir demissão por causa do chefe.

Entre os motivos destacados para ter um chefe aparecem: “porque meu trabalho necessita de uma autoridade”, “para me desenvolver”, “para exigir metas”, “para fazer todo o trabalho dele”, “para nada”, “para me motivar”, “para pegar no meu pé” e “para gritar comigo”.

Gostar ou não gostar: eis a questão
A pesquisa avaliou ainda se o funcionário gosta do seu chefe. Os que não gostam são 29%. Os que não sabem se gostam totalizam 18%. Aqueles que gostam somam 39% e os que gostam muito representam 18%.
Ao analisar a popularidade do chefe por cargo, ficou constatado que a rejeição aos líderes é maior nos postos mais elevados. Os chefes de alta gestão não são queridos por 29% de seus comandados. Os gerentes não são bem quistos por 31% de seus subordinados. No caso dos coordenadores e supervisores, os funcionários que não gostam desses líderes somam 27%. Os chefes de estagiários, assistentes, auxiliares, técnicos, atendentes e operacionais não são queridos por 31%. A menor rejeição ficou por conta dos chefes de analistas e trainees, registrada em 20%.

Distância nas horas vagas
O estudo procurou saber se os funcionários tinham interesse em ampliar o relacionamento com seus chefes para além do ambiente de trabalho. Mais da metade dos consultados (55%) não adicionaria seu patrão em nenhuma rede social. Em contrapartida, 55% disseram que o chefe seria bem-vindo na happy hour.

Chefe chega, ‘clima fecha’
Questionados como fica o clima quando seu líder chega ao trabalho, 37% afirmaram que o tempo fecha; 32% associaram a um campo de batalha; outros 17% disseram que é só alegria e 14% revelaram que é o paraíso.
Os funcionários também foram questionados sobre a possibilidade de recomendar algum amigo a trabalhar com seu chefe. A maioria (56%) não recomendaria ou não sabe se recomendaria e 44% afirmaram que sugeririam a um colega para trabalhar com seu líder.

Desempenho nas reuniões
O comportamento do chefe durante uma reunião foi outro ponto questionado aos funcionários. Para 35%, seu líder é objetivo/pragmático nessas ocasiões. Ser conciliador é a característica principal do chefe para 22% nesses encontros. Outros 15% acreditam que seu gestor não tem foco nas reuniões. A agressividade é marca registrada do líder para 13% nessas ocasiões. Outros 9% acham que o chefe é inseguro em reuniões e 6% apontam que a desorganização é o fator preponderante de seus líderes nos encontros.

Perfil
O levantamento foi realizado em julho deste ano por meio de uma enquete disponível nas redes sociais e no portal de carreira vagas.com.br. Do total de 10.670 entrevistados, 54% são mulheres e 46%, homens; 24% estão na faixa etária de 18 a 24 anos; 24% têm de 25 a 29 anos; 22% de 30 a 34 anos; 13% de 35 a 39 anos; 7% de 40 a 44 anos; 8% de 45 a 54 anos; 1% possui 17 anos ou menos e outro 1% tem 55 anos ou mais. Além disso, 60% afirmaram que estão trabalhando e 40%, não. E 92% informaram ainda que têm um chefe direto ou alguém que responda por suas ações.

Em relação ao perfil dos chefes, 64% são do sexo masculino e 36% são do sexo feminino, sendo 40% com idade de 31 a 40 anos e 47% com mais de 40 anos. Além disso, 34% deles ocupam um cargo de gerência; outros 34% são coordenadores ou supervisores; 30% pertencem à alta gestão (dono de empresa, presidente, vice-presidente, superintendente ou diretor) e 2% são líderes operacionais.

“Esses resultados servem como um sinal de alerta para os chefes de uma maneira geral. A maioria dos subordinados desses líderes traçou um perfil negativo de seu chefe. Isso mostra que há uma insatisfação generalizada dos funcionários com seus gestores e que o líder precisa urgentemente reavaliar seus conceitos, seu modelo de gestão e seu ritmo de trabalho”, explica Fabíola Lago, coordenadora do estudo na Vagas Tecnologia.

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