segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Campus Fiocruz da Mata Atlântica lança projeto ecológico com o apoio do BNDES

 Para a equipe envolvida no projeto de recuperação, a relevância da questão ambiental está expressa nas diretrizes do Plano Diretor do CFMA




por Ricardo Valverde, da Agência Fiocruz de Notícias
O Campus Fiocruz da Mata Atlântica (CFMA), em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, deu início ao Projeto de Recuperação e Restauração Ecológica em seu território. Orçado em R$ 2,5 milhões, obtidos junto ao BNDES, o projeto teve origem a partir do diagnóstico do uso e ocupação do solo da região da antiga Colônia Juliano Moreira e na verificação do risco que a forte pressão antrópica exerce sobre a Mata Atlântica na vertente sudeste do Maciço da Pedra Branca, onde está o CFMA. Segundo uma das coordenadoras do projeto, a bióloga e doutora em biologia vegetal Andrea Vanini, a proposta é gerar modelos sustentáveis para a restauração florestal e conservação dos serviços ambientais do maciço e têm como foco a revitalização das microbacias dos rios Pavuninha e Engenho Novo ambos, localizados em Jacarepaguá. O projeto também busca o enriquecimento e a proteção da faixa marginal e de áreas de APPs, além da organização de cursos de capacitação em agente de restauração florestal e viveirista, em convênio com o Laboratório de Responsabilidade Sócio-Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, coordenado pelo pesquisador João Silva.

A sustentabilidade dos projetos de recuperação e restauração ecológica está diretamente relacionada à origem das sementes e à produção de mudas de boa qualidade e alta variabilidade genética. Andrea diz que a coleta de sementes para a produção de mudas será realizada nas áreas no entorno do Parque Estadual da Pedra Branca. As coletas serão restritas as áreas abaixo da cota de 100. As sementes serão catalogadas, armazenadas e semeadas no viveiro do Horto-Escola do CFMA, que está em reforma para abrigar essa atividade, com a utilização de mão de obra local, capacitada nos cursos que são organizados pela equipe técnica do projeto. Para isso, há uma parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Outra parceria, com pesquisadores do Laboratório de Sementes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, prevê o desenvolvimento de estudos relacionados ao potencial de germinação de sementes de espécies de alto potencial de uso em projetos de restauração florestal. A cooperação, além de oferecer o conhecimento científico por meio de orientação técnica, disponibiliza a estrutura do laboratório de sementes da instituição. Os dados complementarão as informações sobre as espécies presentes no CFMA, sua importância ecológica e grau de ameaça e auxiliarão a definir estratégias de preservação.

Para a equipe envolvida no projeto de recuperação, a relevância da questão ambiental está expressa nas diretrizes do Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atlântica, dentre as quais podem ser citadas a garantia da preservação da biodiversidade; a criação de corredores ecológicos integrando fragmentos vegetais, de forma a facilitar o fluxo de espécies vegetais e animais; e a valorização e preservação dos elementos do patrimônio ambiental. O projeto quer restaurar o ecossistema onde o campus está inserido para que volte a propiciar os serviços naturais, melhore a qualidade de água, previna problemas de abastecimento e reduza a erosão.

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