sábado, 19 de janeiro de 2013

Parcerias de Desenvolvimento Produtivo na área de fármacos...

 



 Beneficiarão 13 milhões Farmanguinhos tem dez PDPs para produção de antirretrovirais, antineoplásicos, antiasmáticos, um imunossupressor, um antiparksoniano e um tuberculostático

Da Agência Fiocruz de Notícias

As Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs), lançadas pelo Ministério da Saúde (MS), estão entre as medidas para o fortalecimento da indústria nacional farmoquímica e de medicamentos. As PDPs fazem parte do plano Brasil Maior, que tem como foco a inovação e o crescimento do parque industrial brasileiro. Por meio do Programa de Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis), o MS tem investido em infraestrutura e qualificação de mão de obra em 18 dos 20 laboratórios públicos oficiais, entre os quais o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). Para garantir autonomia da produção de medicamentos e a competitividade do país, o governo tem ampliado as parcerias entre os laboratórios públicos e privados.

Na 3ª Reunião do Comitê Executivo e Conselho de Competitividade do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), 20 novas parcerias foram firmadas. Farmanguinhos oficializou sete desse total. Entre os medicamentos acordados no encontro estão três antirretrovirais, três antiasmáticos e um antineoplásico. A maioria desses produtos é importada e a produção em território nacional desses medicamentos irá gerar economia aos cofres públicos. Com o acerto dos acordos firmados na reunião do Gecis, já são contabilizadas 55 PDPs para a produção, no Brasil, de 47 medicamentos, o que vai significar uma economia de R$ 2,5 bilhões por ano ao Ministério da Saúde. De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, graças às PDPs o faturamento de Farmanguinhos aumentou de R$ 200 milhões para R$ 500 milhões, nos últimos dois anos.

Além de gerar uma significativa economia para o Ministério da Saúde e diminuir a dependência na importação desses produtos, as parcerias também trazem benefícios à população, pois garantem o abastecimento de medicamentos essenciais ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em contrapartida, Farmanguinhos amplia seu campo de atuação e se torna um importante ator para a implantação da política no âmbito da pasta. "As PDPs certamente renovarão o portfólio de Farmaguinhos. Como segundo fator, dará a instituição tempo suficiente para o desenvolvimento tecnológico de medicamentos estratégicos para o SUS", destaca o vice-diretor de Gestão Institucional do braço farmacêutico da Fiocruz, Jorge Mendonça. O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, acredita que as parcerias trouxeram grandes mudanças e que o instituto estará preparado para as demandas que surgirem. “Nestes novos rumos da unidade, as parcerias cumprem papel fundamental, já que, além garantir receitas indispensáveis, nos capacitarão tecnologicamente para novos desenvolvimentos e, consequentemente, novos produtos para o SUS”.

A lista de medicamentos produzidos por Farmanguinhos, por meio das parcerias, vem aumentando. Ao todo, são 13 as parcerias da unidade com dez laboratórios privados. Isso representa quase 24% do total das PDPs já realizadas. Entre os medicamentos encontram-se antirretrovirais, antiasmáticos, imunossupressores, antiparkisoniano, tuberculostático e antineoplásicos. Baseado no quantitativo geral de pessoas portadoras dessas enfermidades, estima-se que cerca de 13 milhões poderão ser beneficiadas com a produção dos medicamentos por meio das parcerias. Entretanto, para que os laboratórios públicos possam adotar as melhores práticas do mercado e ganhar um nível de qualidade internacional, nos próximos anos serão investidos R$ 2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão do governo federal e R$ 1 bilhão de contrapartidas estaduais.

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