segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Maternidades públicas abrem espaço para acompanhantes







                                                



                                                                           As gestantes atendidas pela rede pública de saúde podem ser acompanhadas na maternidade desde a preparação para o nascimento até o pós-parto. A garantia do parto acompanhado atende às normas que tratam do tema – leis federais 11.108/2005 e 8080/1990, portaria 2418/2005 do Ministério da Saúde e lei estadual 14.254/2003.

Auditoria da Secretaria Municipal da Saúde feita em hospitais públicos, na primeira quinzena desse mês, aponta que os estabelecimentos oferecem condições apropriadas às gestantes e acompanhantes e que a lei é cumprida.

A auditoria avaliou as instalações físicas das maternidades Mater Dei e Victor do Amaral, os hospitais Evangélico, de Clínicas e do Trabalhador e o Centro Médico Comunitário Bairro Novo, que juntas fazem cerca de 17 mil partos por ano para o Sistema Único de Saúde.

Além disso, entrevistou 85 gestantes. “Todas conheciam o direito legal à companhia dos pais e avós dos bebêsdurante a internação e apenas treze, deliberadamente, não tiveram acompanhante – por opção própria ou porque a pessoa esperada não pôde estar presente”, explica a enfermeira auditora Lenita Vaz.

Experiências - Pai de primeira viagem, o enfermeiro Luciano Trevisan, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campo Largo, fez questão de estar o tempo todo ao lado da mulher, a técnica de enfermagem Elisângela Gonçalves.

Acompanhou a evolução do trabalho de parto, o nascimento de parto normal e, no Cantinho do Bebê preparado pela maternidade Mater Dei, deu o primeiro banho em Felipe. “Fiz um parto na semana anterior, na ambulância, mas quando chegou a vez da Elisângela esqueci tudo e fiquei nervoso”, contou Luciano. Poucas horas depois, retomada a tranqüilidade e controle sobre as habilidades profissionais, secava com destreza as dobrinhas do recém-nascido.

Local aquecido e com uma bancada grande, o Cantinho do Bebê também é o local onde pais que não têm o mesmo conhecimento de Luciano sobre manejo de recém-nascidos podem adquiri-lo na prática. É o caso do porteiro de cinema Valdair Dias Freitas, que viu Gabriel Augusto, seu primeiro filho com Josiane Gonçalves, nascer e tomar o primeiro banho.

Foi Valdair, ainda em casa, que monitorou a diminuição do espaçamento entre as contrações de Josiane – sinal de que a hora do nascimento se aproximava. “Li na carteirinha (Caderneta de Saúde da Gestante) e fiquei só controlando. Quando chegou a hora certa, a gente veio (para a maternidade)”, conta o pai, que compensou a impossibilidade de ir às palestras para gestantes na Unidade de Saúde Cajuru, perto de onde mora a família, com a leitura do material. “Fiquei tranqüilo porque entendi que seria dessa forma. Da primeira vez que fui pai, a coisa foi mais distante”, disse.

Pai do segundo filho com Carla Francielly Fermino, o pedreiro Pedro Nita ficou satisfeito ao saber que poderia acompanhar o nascimento de Jorge Henrique. “Lá no norte do Paraná, de onde a gente vem, não é assim”, contou ele, ainda vestindo a roupa que a equipe do hospital do Bairro Novo lhe deu para entrar no centro obstétrico. Pedro também participou das consultas de pré-natal na Unidade de Saúde Umbará II e, por isso, sente-se em condições de ajudar Carla nos primeiros dias de vida do bebê. “Aqui é só eu e ela. A família, com o mais velho (o primogênito, de 4 anos), mora longe e a gente tem que ajudar”, explicou.

Pai pela segunda vez há pouco menos de 48 horas, o metalúrgico Reginaldo Garcia Amalho já trocava as roupinhas de Isabella Eduarda com naturalidade sobre a cama da enfermaria do hospital do Bairro Novo. Bom para Jéssica Luciana dos Santos, que fez seu primeiro pré-natal na Unidade de Saúde Parigot de Souza pensando em ter um parto normal mas precisou fazer uma cesariana. “Minha pressão aumentou, tivemos que antecipar o parto e fazer a cirurgia. Com ele ajudando, preciso levantar menos vezes. Doi um pouquinho”, relatou a mãe.

Tanto nas maternidades quanto nos hospitais que fazem partos, os acompanhantes também podem fazer refeições no local e se acomodar em cadeiras ou poltronas. Por se tratar de unidades de internamento femininas, os pais podem ficar somente durante o dia. À noite, quem permanece e ajuda a cuidar dos recém-nascidos são as avós, tias ou amigas.

Humanização - “Isso mostra o carinho com que os acompanhantes são acolhidos e se reflete positivamente sobre as mães, que precisam de segurança, apoio e tranqulidade. É o que se chama humanização do atendimento”, observou o coordenador do programa de atenção materno-infantil da Secretaria Municipal da Saúde, ginecologista e obstetra Edvin Javier Boza Jimenez.

Há três anos o médico coordenou o trabalho de incentivo da participação dos pais dos futuros bebês no pré-natal. O objetivo, na prática, foi antecipar a vivência da paternidade e suas responsabilidades durante a gestação e chamar a atenção para a importância de os homens cuidarem da própria saúde. Além de darem suporte emocional à futura mãe, eles também são convidados a fazer exames e, quando necessário, tratamento compatível.



fonte: Assessoria de Imprensa

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