As metas do novo plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro até 2016 são ambiciosas. Na área de resultado dos transportes, por exemplo, há avanços significativos se o que está no papel chegar nas ruas. A intenção da prefeitura é reduzir em 50% o tempo médio de deslocamento pelos corredores de BRT (Bus Rapid Transit) que estão sendo construídos e 20% nos BRS (Bus Rapid System) que já estão em fase final de implantação. Além disso, a ideia é modernizar 100% da frota até os Jogos do Rio, adotando veículos com ar-condicionado, motor traseiro e combustível verde.
"Algumas são metas bem ousadas, a gente admite, mas completamente possíveis de serem alcançadas", garante o secretário da Casa Civil municipal, Pedro Paulo Carvalho Teixeira. "Nós pretendemos fazer uma revolução no transporte público da cidade com os BRT e BRS. Queremos que pelo menos 6 de cada 10 pessoas que utilizam transporte público na cidade usem meios de alta capacidade como BRT, metrô e trens. Isso nos colocaria no patamar das cidades do mundo com os melhores sistemas de transporte público."
O trânsito e os transportes são áreas que atualmente suscitam enormes indignações da população. Recentemente, houve vários protestos contra aumentos de 60% na tarifa das barcas que ligam o Rio a Niterói (uma concessão do Governo do Estado). Todo dia, também há reclamações sobre os trens da Supervia, que têm problemas e deixam usuários na mão.
O mesmo ocorre com a saúde pública. O sistema que vem sendo alvo de críticas constantes ¿ recentemente foi aberta uma investigação para averiguar por que 30% dos internados por mais de 24 horas do CTI do Hospital Municipal Salgado Filho morreram. Pelo plano estratégico, a prefeitura pretende aumentar a cobertura para 70% da população até 2016. "Isso vai significar que estaremos atendendo até as pessoas que têm assistência médica particular", prevê o secretário.
Quanto à rede de saneamento, apenas 5% do esgoto produzido na cidade era coletado e tratado até 2009. A prefeitura pretende aumentar esse número para 55%, assim como fazer crescer para 25% a taxa de coleta do lixo reciclável produzido na cidade ¿ o Rio, atualmente, só recicla 1% do lixo que produz. "O lixo é um problema porque não depende apenas da prefeitura. Precisamos que a população tenha mais educação. Hoje o Rio é a capital do Brasil com maior número de lixeiras nas ruas, eu posso garantir", diz Carvalho Teixeira.
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