segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Combate à dengue: fumacê vai voltar no início do verão

Em menos de três meses a população fluminense vai voltar a dividir as ruas da cidade com os equipamentos de UBV (ultra baixo volume), conhecidos popularmente como fumacê, veículos que borrifam um inseticida no ar capaz de eliminar mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue. O superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Márcio Garcia, confirmou na quinta-feira que os 40 carros equipados com a tecnologia estarão circulando por todo o município, durante o verão, que começa no dia 21 de dezembro.
Garcia lembra, porém, que o uso desses equipamentos têm objetivos específicos. "Isso vai permitir cobrir toda a área do município se houver a indicação técnica para uso do carro. O fumacê tem o objetivo, principalmente, de contenção da transmissão de casos (de dengue), já que ele elimina o mosquito na fase adulta", explicou.
Por essas características, o uso do fumacê se limita ao período do verão, quando o mosquito prolifera. Com as estimativas apresentadas por especialistas em saúde pública, que apontam a possibilidade de uma das maiores epidemias de dengue na próxima estação, a preocupação com a prevenção da doença ganha reforço. O número de agentes de saúde, que fazem visitas de inspeção nos imóveis da cidade, dobrou.
Ainda assim, os 3,6 mil profissionais que estão nas ruas para auxiliar a população ainda se deparam com desafios como acesso a alguns imóveis que estão fechados.
"Temos 421 imóveis candidatos à entrada forçada. São processos em andamento. Alguns proprietários foram notificados uma vez, outros, duas ou três vezes", afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde. Garcia explicou que após três tentativas, com intervalo de 15 dias entre elas, a secretaria publica um informativo de entrada forçada no Diário Oficial do Estado e viabiliza a vistoria do imóvel. Segundo ele, nos próximos dias, serão definidos e publicados os procedimentos e valores das multas que podem ser pagas por esses proprietários, se continuarem ignorando as notificações da prefeitura.
Márcio Garcia explicou que esses imóveis estão espalhados por todo o município, mas, historicamente, os agentes declaram mais dificuldades em regiões específicas da capital. "Por exemplo, na Ilha do Governador (Zona Norte) que tem algumas casas de veraneio. Outros imóveis de difícil acesso estão na zona oeste: ou as pessoas não estão em casa porque trabalham todo o dia ou também são casas de veraneio, mas o problema está no Rio todo." De acordo com os cálculos da secretaria, mais de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de imóveis, além disso, a maioria das pessoas que registra a doença descobre a existência de focos em suas próprias casas.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL

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