domingo, 22 de setembro de 2013

RESENHA SOBRE A PALESTRA DA PROF.ª DR.ª MARIA LÚCIA FATTORELLI. Vale conferir!





A palestra se inicia com as argumentações da Prof ª Maria Lúcia Fattorelli para a necessidade premente de que se aconteça uma auditoria pública na contas da União no que se refere a dívida e que ela seja efetuada em cada canto desse nosso Brasil, pois enquanto se paga uma dívida astronômica com juros os direitos e as necessidades sociais não estão sendo atendidos.
Uma análise bem elaborada da crise financeira que assola o mundo financeiro é traçada desde a trajetória da desregulamentação do mercado financeiro até a contaminação do nosso sistema com papéis podres, que estarão entrando em nossos fundos privativos e até no Pré-Sal. Tudo isso servindo a um grupo de não mais do que 50 grandes empresários que controlam o poderio financeiro do mundo e que afundaram grande parte da Europa com suas manobras e artimanhas tecnicistas.
Especulações com bolsa de alimentos quando o mundo passa fome, crise ambiental pois as grandes empresas não se preocupam com a natureza ou com o ser vivo ao utilizar seu modelo econômico exploratório, confirmando que há uma grande crise de valores e um desrespeito ao outro.
O impacto que essa crise teve no mundo foi devastador. A Grécia viu seus jovens cometendo suicídio por não enxergarem uma saída para o desemprego, um desrespeito a suas individualidades e a desgovernança para com os direitos sociais, movidos pela exigência descabida de se pagar por uma dívida irreal. Uma verdadeira tragédia social, que pode chegar as nossas portas, pois o interior já sofre com os racionamentos de investimento no longo prazo em nosso país. 
A 6ª maior riqueza do mundo não é capaz de lidar com as injustiças sociais que nos marcam anos a fio. Violência, fome e desrespeito ao direitos básicos de nossa população precisam ser levados a sério, a cidadania precisa ser resgatada e somente com a transparência dos gastos públicos, a redução da pesadíssima carga tributária sobre os ombros de nossa classe trabalhadora e a reforma política é que teremos a capacidade de lidar com tantas diferenças e injustiças no campo social. Distribuição de renda ilusória e paternalistas, sangria em nosso orçamento para atender a interesses privados e um governo submisso ao modelo econômico não ajuda a driblar da crise, que não é veiculada mas existe (afinal para que o povo precisa saber disso?).
A Prof ª Fattorelli nos conta ainda sobre como o Equador, um país pouco maior em territorialidade que o Rio Grande do Sul, foi capaz de enfrentar o poderio dos banqueiros e diminuir sua cota de desperdício financeiro ao reduzir em 70% o valor da sua dívida, alocando esses recursos em educação e saúde. 
Esse atraso do nosso país em relação a esses dois marcadores denuncia a falta de visão de nossos governantes que não enfrentam a situação com força e poder a que tem direito. Se não eles, que seja o povo a exigir essa mudança de comportamento saindo da condição de nação submissa para conhecedora de seus direitos e deveres, exigindo e fazendo valer a regulamentação da auditoria cidadã, democratizando as informações e exigindo que elas sejam passadas de forma clara e objetiva a todos os brasileiros, que deveriam ser os protagonistas da decisão do que fazer com o seu dinheiro, pois essa riqueza vem de nossa luta e suor.

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