quarta-feira, 10 de julho de 2013

HumanizaSUS: humanizando para melhorar o serviço prestado ao usuário





Na primeira semana de julho é comemorado o Dia do Hospital (2). Todo cidadão já foi ou pode precisar de ir a um hospital em algum momento e, exceto em casos de nascimento e prevenção, só recorremos aos estabelecimentos de saúde quando sentimos dor ou desconforto e estamos precisando de cuidados médicos. Para que esse momento não seja ainda mais difícil, o Ministério da Saúde está humanizando oSistema Único de Saúde (SUS). Humanizando para melhorar o serviço prestado ao usuário.

O Programa HumanizaSUS aposta na produção de novos modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho por meio da participação colaborativa de gestores, profissionais e usuários do SUS. A Política Nacional de Humanização incentiva a comunicação entre os trabalhados e a população para melhorar a convivência dentro do hospital e, consequentemente, melhorar o atendimento. Afinal, essas mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma coletiva e compartilhada.

O Hospital Sofia Feldman, um dos mais respeitados do país, implantou a política do HumanizaSUS e, segundo o diretor Ivo de Oliveira, o programa deu certo. “A humanização se faz entre os usuários e os prestadores de serviço, sejam eles médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais. Quando nós conseguimos manter essa relação de igual para igual, como cidadãos, a gente consegue a humanização e consegue perenizar essa política governamental. Não se faz humanização sem conquistar os trabalhadores. Precisamos de um trabalhador cidadão, ciente dos seus direitos e dos seus deveres. O HumanizaSUS faz com que nós sejamos respeitados pela nossa comunidade”, afirma.

O programa está completando 10 anos e além de acreditar na força das tarefas coletivas, enfrenta as relações de poder que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a parceria dos profissionais de saúde no ambiente de trabalho. Incluí-los na gestão é fundamental para que, no dia a dia, eles reinventem e sejam agentes ativos das mudanças no serviço de saúde. Incluir usuários e suas redes sócio-familiares nos processos de cuidado é um poderoso recurso para ampliar a participação e a colaboração da população, tanto nos estabelecimentos de saúde quanto no autocuidado.

“Nós temos uma prática diária na nossa maternidade, onde perguntamos para as mães e para os acompanhantes o que eles acham do serviço e da atenção que foi oferecida pelo hospital e isso ajuda bastante a termos um retorno do cidadão. Em um processo de humanização nós temos que destruir os muros construídos há muito tempo e construir pontes através dessa política. Uma coisa simples que fizemos aqui no hospital e que deu muito certo, foi quanto aos horários de visitas rígidos. Quando você derruba isso e tem um horário de visita ampliado, você também está atendendo melhor o cidadão. Talvez alguma coisa que não damos muita importância é primordial para o usuário e só vamos conseguir saber perguntando, conversando”, exemplifica o diretor.

Método – Através de cursos e oficinas de formação/intervenção e a partir da discussão dos processos de trabalho, as diretrizes e os dispositivos da PNH são vivenciados e reinventados no cotidiano dos serviços de saúde. Em todo o Brasil, os trabalhadores são formados técnica e politicamente e reconhecidos como multiplicadores e apoiadores da PNH, pois são os construtores de novas realidades em saúde e poderão se tornar os futuros formadores da PNH em suas localidades.
Os gestores, trabalhadores ou usuários do SUS que queiram implantar o HumanizaSUS em algum estabelecimento de saúde devem entrar em contato com a Rede Humaniza SUS.
A PNH investe em materiais de formação, como cartilhas, documento base e outras publicações disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde. Acesse!

Camilla Terra / Blog da Saúde

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