Em reunião com a presidenta Dilma, entidades também trataram da criação de novos cursos de medicina
Entidades ligadas aos médicos se reuniram nesta quinta-feira (4) com a presidenta Dilma Rousseff para discutir maneiras de ampliar o atendimento à população, principalmente nas cidades do interior. Contudo, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, disse que há divergências entre o governo e a entidade sobre como isso deve ser feito. “Existem as convicções do governo e existem as convicções da classe médica, que nesse ponto são divergentes. A classe médica quer a distribuição da concentração de médicos hoje. Ela entende que distribuir esses médicos no país com estímulos é suficiente para promover essa assistência. Mas há no governo pensamentos que são divergentes e vamos buscar as fundamentações necessárias. O que queríamos era essa oportunidade de ter reuniões para apresentar os argumentos de forma detalhada para que possamos então chegar a um consenso.”
Outro ponto tratado na reunião foi a questão da criação de novos cursos de medicina. Segundo Vital, eles querem fazer uma avaliação dos cursos nos moldes do Revalida, que é uma prova aplicada para médicos estrangeiros que querem ter seu diploma de medicina reconhecido no Brasil. “Tem que se avaliar a habilidade e as competências. A metodologia, por exemplo, do Revalida, é um bom exemplo de como fazer isso e pode ser feita no transcurso do próprio curso médico, de uma forma progressiva, onde se possa avaliar concomitantemente as escolas médicas e, naturalmente, também o egresso das faculdades de medicina.
O Conselho defende ainda a criação de hospitais-escolas, considerados fundamentais para a formação de médicos. Eles também pedem a garantia, pelo Ministério da Educação, da oferta de vagas em programas de residência médica.
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