sexta-feira, 26 de outubro de 2012

BCG e sua importância..

                                       Leila, nossa querida Técnica de enfermagem preparando a BCG




Manoela  e sua mãe colaborando com o blog 
Amigos da saúde










A vacina contra tuberculose, denominada BCG, é produzida a partir de cepas atenuadas, portanto vivas, do Mycobacterium bovis ou Bacilo Calmette Guérin. A produção no Brasil é na forma liofilizada, devendo ser mantida em geladeira das clínicas de vacinação entre +2 e +8ºC. As crianças devem ser vacinadas a partir do nascimento, de preferência no berçário, sempre por via intradérmica, no braço direito, na altura da inserção inferior do músculo deltoide  sem o emprego prévio ou posterior de antissépticos. A dose preconizada para todas as idades é de 0,1 ml de uma só vez, sendo a população prioritária os menores de um ano de idade. O Ministério da Saúde do Brasil indica a aplicação de reforço da vacina BCG, que pode ser realizado entre 6 e 14 anos de idade. Tal reforço não tem sido sistemático e reservado para as pessoas com maiores riscos para esta infecção ou a partir de critérios epidemiológicos regionais analisados pelas Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. A aplicação no berçário do BCG visa reduzir a incidência da tuberculose pulmonar e outras formas graves desta doença que acometem as crianças antes de 4 anos de idade. Após a aplicação da vacina os sintomas mais freqüentes são o aparecimento de nódulo no local da aplicação que costuma evoluir para úlcera e crosta, com duração média de oito a 10 semanas e não provoca, em geral, reações como febre ou mal-estar. Algumas vezes, em virtude da resposta exagerada à vacinação BCG, ou pela aplicação profunda da vacina, ou pela dose maior que recomendada, a ulceração poderá ser demasiadamente grande e acometer os gânglios linfáticos regionais. Trata-se de reações benignas que curam espontaneamente, embora às vezes isso possa demorar alguns meses. Outras reações que podem ocorrer são as úlceras necróticas, erupção maculosa, reação lupóide e osteíte. Raríssima é a infecção tuberculosa disseminada pela vacina do BCG que pode ocasionar a doença e que pode acontecer nos pacientes mal selecionados, imunodeprimidos e pessoas com doenças crônicas debilitantes. Como não há dados disponíveis sobre os efeitos do BCG em adultos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-SIDA-AIDS), sintomáticos ou não, a vacinação não deve ser recomendada para esses casos. A vacina BCG não está contra-indicada para crianças com HIV+, porém se houver sinais de imunodeficiência, não deverá ser vacinada. Recomenda-se adiar a aplicação da vacina BCG em recém-nascidos com peso inferior a 2.500g, pessoas com doenças eruptivas, estados febris ou doenças graves e naquelas em uso de corticóides e outros imunossupressores e gestantes. Para se testar laboratorialmente a imunização contra a tuberculose através da reação de Mantoux, também conhecida como teste do PPD. Este teste consiste em inocular um antígeno do bacilo causador da tuberculose na superfície da pele e depois de alguns dias analisar o tamanho da hiperemia dermatológica ocasionada pela reação inflamatória. Caso a reação seja intensa, dita positiva, fica comprovado a imunidade ativa, caso contrário, dita negativa, a imunidade poderá estar inativa. A vacina do BCG leva à positividade do PPD em cerca de 75% a 80% dos casos após seis meses da aplicação. Nos casos em que o teste se mostrar negativo, o reforço vacinal do BCG deve ser realizado se no local da pele da primeira aplicação não ocorreu a reação inflamatória prevista, ou seja, a úlcera e a crosta. Outro indicação do reforço da vacina do BCG é para as pessoas que tiveram contato prolongado ou convivência com infectados pela tuberculose.

- Estas informações foram resumidas da literatura médica e da experiência do autor.

1 comentários:

Dimar disse...

Ótima matéria!

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