sexta-feira, 22 de junho de 2012

CUT defende que direitos do trabalhador sejam pilar de modelo de desenvolvimento









                                                 São Paulo – Um documento entregue hoje (22) ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, enfatiza que os direitos do trabalhador sejam o pilar do novo modelo de desenvolvimento, debatido na Rio+20. A iniciativa foi capitaneada pela CUT, em companhia de outras entidades da sociedade civil. 

O texto, resultado da assembleia final da Cúpula dos Povos, pede que se amplie o diálogo com sindicatos nas negociações da ONU e que o trabalho decente e a proteção social sejam as bases de um novo sistema de produção e consumo, ainda por se construir. Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, a central teve participação intensa no processo de elaboração do documento.

“Deixamos claro que melhorar a condição do trabalhador tem tudo a ver como novo modelo de crescimento, porque requer combater o trabalho escravo, o trabalho infantil e promover a redução da jornada”, afirma. “Para falar em desenvolvimento é preciso garantir que o trabalhador tenha lazer, mobilidade urbana e acesso a cultura e arte, e ainda estamos muito atrás nisso.”
Documento final

Nos três dias do evento, que termina hoje (22), a CUT interveio junto a chefes de Estado e representantes da ONU, expondo críticas da instituição ao documento final da Conferência, de acordo com Artur Henrique. “Avaliamos que ele poderia ser mais ousado. Os governantes poderiam ter assumido compromissos mais claros”, ponderou. “Outra crítica é ao financiamento: para garantir a transição de um modelo de produção e consumo que não é sustentável para um modelo sustentável, do ponto de vista social, ambiental e econômico, é necessário ter recursos”.

Durante a Rio+20, a CUT participou de assembleias sindicais com dirigentes de 70 países, nas quais construíram uma plataforma de reivindicações trabalhistas. A entidade manteve uma tenda ao longo de dez dias de Conferência, onde promoveu seminários, debates e oficinas sobre meio ambiente, saúde, segurança e trabalho decente. “Assumimos o compromisso de atuar frente aos governos no sentido de continuar pressionando. Saímos daqui com uma unidade bastante grande em torno dos movimentos sociais”, disse Artur.



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