quinta-feira, 22 de março de 2012

Notícias Por economia, empresas evitam afastamentos e mantém trabalhadores doentes nas linhas de produção


Manter trabalhadores doentes e acidentados na linha de produção é uma prática que, infelizmente, tem sido cada vez mais adotada pelas empresas da região. Principalmente em duas delas: Eaton e Heatcraft.


Nos dois casos, as empresas ignoram atestados médicos e colocam trabalhadores acidentados em trabalho compatível, tudo para evitar os afastamentos e o encaminhamento do trabalhador ao INSS.


Com isso, é comum ver, na linha de produção, pessoas com gesso ou talas. Uma grande irresponsabilidade com a segurança e a saúde do trabalhador.


Por que isso acontece?


Tudo isso só tem um único motivo: economia.


Se não abrir CAT nem encaminhar o trabalhador acidentado para o INSS, a empresa economiza. Afinal, o número de acidentes registrados em uma empresa pode aumentar a alíquota do RAT (Risco de Acidente de Trabalho) que a empresa deve pagar.


Sendo assim, fica mais barato não afastar os trabalhadores. Afinal, acidentes sem afastamento têm menor peso no cálculo da alíquota do RAT. E as empresas podem continuar exibindo nas placas o número de dias sem acidentes, já que as placas também só contabilizam os acidentes com afastamentos.


Um caso emblemático ocorreu recentemente, na Heatcraft, quando um trabalhador fraturou dois dedos da mão em um acidente de trabalho e, mesmo assim, a empresa quis mantê-lo na linha de produção.


Exija seus direitos


O trabalhador não pode e não deve aceitar absurdos como esse.


Em caso de acidente de trabalho, o trabalhador deve se afastar pelo tempo determinado pelo seu médico. Para isso, é importante que o trabalhador tire cópia do atestado médico, antes de entregá-lo e já avise a empresa que vai cumprir o afastamento.


Se o afastamento for superior a 15 dias, o trabalhador é encaminhado ao INSS, passa por uma perícia e, com isso, terá estabilidade no emprego por um ano.


Para isso, também é imprescindível a abertura da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).


“Qualquer dúvida que o trabalhador tenha, deve entrar em contato com o Departamento de Saúde do Sindicato para que seja orientado e nunca aceite trabalhar doente, com gesso ou tala”, disse a advogada do Departamento de Saúde do Sindicato, Juliana Benício.
 

Fonte: Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região 

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