sábado, 15 de dezembro de 2012

Comissão do Senado aprova projeto que torna Lei Seca mais rígida




Mais da metade dos formandos em medicina que fizeram o exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo foi reprovada.


Da redação do Jornal da Saúde
com informações da Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) tem “grande responsabilidade” sobre o fraco desempenho dos formandos em medicina no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), disse o presidente da entidade, o médico Renato Azevedo Júnior. De acordo com ele, o ministério tem conhecimento, por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), da baixa qualidade de diversas faculdades de medicina, mas não está agindo para puni-las

“O MEC tem o dever, inclusive, de fechar essas escolas. Ou obrigá-las a readequar no sentido da qualidade da formação do médico. Nós queremos demonstrar, e vamos levar isso ao MEC, de que é urgente que se faça alguma coisa para melhorar o ensino médico no Brasil”, acrescentou.

Para o diretor do Associação Médica Brasileira, José Luiz Bonamigo, o fraco desempenho dos estudantes pode ser explicado pela estrutura deficiente das faculdades, a péssima avaliação interna dos alunos e à falta de punição às escolas ruins . “A gente, hoje, tem faculdades não só privadas, mas públicas, que abrem sem ter um hospital, sem ter uma rede de postos de saúde credenciada para os alunos poderem atender aos pacientes”, declarou.

“A deficiência do ensino médico é uma realidade há alguns anos no Brasil. Os alunos não têm um campo de estágio adequado e a avaliação é muito ruim durante o curso. É raríssimo você ter durante o curso algum aluno reprovado, isso tanto nas mais novas como nas tradicionais”, acrescentou.

Além de colocar os pacientes em risco, Bonamigo destaca que os médicos malformados sobrecarregam o sistema público de saúde e desperdiçam recursos. “Esses médicos malformados geralmente têm dificuldade em fazer um diagnóstico correto com as ferramentas mais importantes que a gente tem, que são a história clínica e o exame físico do paciente. Solicitam muitos exames e sobrecarregam o sistema de saúde. E, mesmo com o resultado, não sabem dar o andamento correto. Um risco social de saúde e um risco de gestão do sistema. Médicos caros e poucos eficientes”, disse.

O MEC ressaltou que, em relação às deficiências das faculdades de medicina do estado de São Paulo, assim como no resto do país, mantém uma constante avaliação dentro do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior.

* O Jornal da Saúde é um telejornal ao vivo. Exibido todo dia, às 13h. Reprise às 16h30 e às 18h30. Veja vídeos de nossas edições anteriores.
Siga o Canal Saúde no Twitter e curta a nossa página no Facebook.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | JCPenney Coupons