José Clemente Linhares e os atores Lucas Tattarin e Kamilla Albuquerque |
O osteossarcoma é um tumor de
osso que não faz distinção de classe social, mas prefere ligeiramente os
meninos. Pode aparecer de surpresa em garotos e garotas que mal passaram dos 10
anos, assim como em jovens que já completaram os 18. "O maior pico de
incidência, no entanto, é mesmo por volta dos 15 anos", explica o médico
Sérgio Petrilli, do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer. Esses
dados são tristes. A doença, porém, já foi muito mais cruel. No início dos anos
1980, a única saída para essa garotada escapar com vida passava necessariamente
pela amputação de membros. Mesmo assim, menos de 20% dos jovens sobreviviam.
Sem aceitar essa situação, Petrilli — um dos pioneiros no tratamento do
osteossarcoma no país — e seus colegas de outras quatro importantes
instituições de saúde brasileiras resolveram formar um grupo para discutir os
resultados das diversas formas de tratar a doença. Eles se perguntaram: o que
funcionaria mais? O que poderia interferir nas chances de uma criança com o
problema sobreviver? Enfim, trocaram experiências na busca incansável por
flagrar as práticas que seriam as mais eficientes para derrotar o mal. E esse
esforço obteve tremendos resultados. Hoje, sete em cada dez adolescentes com
osteossarcoma nem sequer precisam arrancar o membro com o osso doente. A
sobrevida dos pacientes chega a 50% — aliás, alcança mais de 60%, se forem
considerados apenas os casos sem metástase.
Veja também o vídeo do trabalho vencedor do prêmio saúde 2007
Veja também o vídeo do trabalho vencedor do prêmio saúde 2007
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