Estratégia do Ministério da Saúde
qualifica profissionais de saúde para orientar mães e famílias na alimentação
de crianças menores de dois anos. Ação fortalece compromisso de reduzir a
mortalidade infantil.
Com o objetivo de fortalecer as
ações de combate à redução da mortalidade infantil, o Ministério da Saúde
reestruturou a política de alimentação das crianças com até dois anos de
idade. A partir de agora, a Rede
Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar
Saudável (ENPACS) serão integradas. A proposta de integração surgiu de demandas
dos próprios profissionais dos estados e municípios em trabalhar, ao mesmo
tempo, a amamentação e a inclusão de alimentos sólidos na dieta das crianças,
pois as duas estratégias são complementares.
A iniciativa reforça o
compromisso do Ministério da Saúde com os objetivos do milênio em reduzir a
mortalidade, além de valorizar a formação dos recursos humanos na Atenção
Básica. “Com a integração das duas estratégias, as Unidades Básicas de Saúde
estarão mais preparadas para receber, orientar e apoiar as famílias na promoção
do aleitamento materno e da alimentação complementar”, afirma o secretário de
Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, que participa do
evento.
A estratégia será lançada neste
sábado (28) durante o Congresso Mundial de Alimentação e Nutrição em Saúde
Coletiva – World Nutrition Rio 2012 – que acontece na Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ), entre os dias 27 e 30 de abril.
A Rede Amamenta e Alimenta Brasil
- inserida na Rede Cegonha - reforça e incentiva a promoção da alimentação
saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).
APOIO - A medida tem o objetivo
de qualificar os profissionais da Atenção Básica por meio de oficinas de
formação de tutores responsáveis por apoiar no planejamento, acompanhamento e
fortalecimento de ações de promoção, proteção e apoio do aleitamento materno e
da alimentação complementar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Até 2013,
serão realizadas cerca de 50 oficinas de formação de novos tutores e o objetivo
é expandir o projeto para todas as UBS do país.
A junção é o resultado do apoio
conjunto entre as duas áreas do MS com o apoio do Departamento de Apoio à
Gestão Participativa (DAGEP/SGETS/MS), além da participação de especialistas
que acompanharam o processo de implementação da Rede Amamenta Brasil e da
ENPACS.
ORIENTAÇÃO – Com a integração das
duas estratégias as famílias atendidas pelo SUS poderão obter informações sobre
a importância do aleitamento materno e da alimentação complementar em crianças
com até dois anos de idade. O Ministério da Saúde também elaborou um guia de
alimentação que auxilia os profissionais
de saúde.
Uma dieta saudável nos primeiros
anos de vida ajuda a prevenir doenças, infecções, a desnutrição e a carência de
ferro, zinco e vitamina A, além de prevenir a obesidade e outras doenças
crônicas não transmissíveis que podem aparecer posteriormente.
Atualmente, no Brasil, 50% das
crianças menores de dois anos apresentam anemia por deficiência de ferro e 20%
apresentam hipovitaminose A, problemas decorrentes da alimentação inadequada.
Estima-se que as ações de
promoção aleitamento materno e de alimentação complementar sejam capazes de
diminuir, respectivamente, em até 13% e 6%, a ocorrência de mortes em crianças
menores de cinco anos em todo o mundo.
DEBATE - Mais de 40 países vão
discutir o tema “Conhecimento, política e ação” durante o Congresso Mundial de
Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva – World Nutrition Rio 2012. No
encontro serão analisados os principais desafios das ações de alimentação e
nutrição na Atenção Básica à Saúde e ajudar a construir políticas públicas de
qualidade. Mais de 1,8 mil pessoas participam do evento entre gestores,
pesquisadores, representantes de entidades da sociedade civil, profissionais e
estudantes de diversos campos da alimentação e nutrição.
O congresso tem o apoio do
Ministério da Saúde por meio da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição,
além do governo do Rio de Janeiro, de agências governamentais e da UERJ, e
conta com a parceria da Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde
Coletiva (Abrasco) e da Associação Mundial de Nutrição em Saúde Pública
(WPHNA).
Por Vanessa Teles, da Agência Saúde – Ascom/MS
(61) 3315 3580/2351/6261
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